A nossa turma, 6ºG, é constituída, na maioria, por jovens de etnia cigana. Como tal, para nós, o papel da escola nunca foi muito valorizado. O “ir à escola” para nós, meninas ciganas, é uma tarefa “culturalmente” complicada – as nossas famílias ficam muito apreensivas pela nossa proximidade com outros rapazes que não sejam ciganos. Por este motivo, o nosso futuro, antes do ingresso na medida PIEF, estava comprometido, daí o rosto da nossa mascote ser constituído por um “olho sobre o mundo” – um olhar para o futuro.
Não padece dúvida de que os ciganos são extremamente musicais. No Brasil, por exemplo, um estudo que analisou a iconografia brasileira, concluiu que 2 em cada 10 são de ciganos tocando violinos, tambores, acordeão, flauta, etc. (Paiva, A., 2009).
A paixão dos ciganos pela música e, especialmente, pelos tambores é já muito antiga. Consta-se que foram os ciganos que criaram o primeiro “Pandeiro”. Existem pinturas de ciganos tocando “tambores” na Pérsia, por volta de 1519.
Como tal, a nossa paixão pelos tambores culminou na criação, no presente ano lectivo, da “Banda do Barulho” – grupo de percussão, no âmbito de disciplina de enriquecimento curricular de Música. Desde a criação da banda, já participamos em diversos espectáculos. Assim, o corpo da nossa mascote, é constituído por um Tambor que nos remete para os tambores típicos dos grupos ciganos, que nos vêm acompanhando desde crianças e, em muito nos tem “alimentado”, no presente ano lectivo, com a medida PIEF.
A nossa mascote apresenta-se em movimento, característica que nos define enquanto grupo – somos muito irrequietos e impacientes. A mascote calça ténis, acessório que todos partilhámos no PIEF de Aldoar.
As cores escolhidas (amarelo, verde, vermelho, azul) pretendem transmitir a nossa vivacidade e alegria de viver - um olhar para o futuro ao som dos tambores!!!
